
Idiota-tu, por não te aperceberes do que tinhas em mãos, idiota-tu por deixares escapar tudo, idiota-tu por jogares todos os jogos do livro comigo, idiota-tu por te enredares nessa teia-marasmo e não lutares para seres quem queres ser.
Idiota-eu, por atirar areia para os meus próprios olhos quando os sinais piscavam freneticamente, idiota-eu por lutar contra uma maré forte (e teimosa) demais, idiota-eu por insistir em procurar salvar algo que há muito se havia perdido, idiota-eu por me esquecer de quem sou ao tu apareceres.
Idiota-a-situação, porque as coisas são mesmo assim, nem sempre a vida liga a sentimentos ou sensações, a momentos ou (im)perfeições de logística. O que tem que ser tem muita força e, por mais idiota que tudo isto seja, é o que teve que ser: nada.
Crónica ao som de "Autumn Leaves", Paolo Nutini
"O que tem que ser tem muita força"
ResponderEliminarE o que acontece é porque dara lugar a algo melhor, mais sentido mais eterno.
E o "idiota" fica so a observar.
Bjs
adorei este texto!
ResponderEliminarGirls Next Door... espero bem que sim. Também é sempre esse o meu pensamento ;)
ResponderEliminarRosie, obrigada :) também gostei de escrevê-lo, acaba por ser especial quando sentimos que colocámos mesmo o que sentimos em palavras.