sábado, 31 de outubro de 2009

Guilty pleasure (ou a cura para a depressão)

A todos os cépticos da música pop, é isto que ela faz: dá leveza, afasta para longe os problemas (mesmo que só por uns segundos) e transporta-nos para um mundo onde tudo é perfeitinho (incluindo os dramas amorosos), se ao menos nos deixarmos levar. Pois bem, Lady B. deixou-se levar e ficou completamente rendida aos «meninos da rua de trás».

Depois da odisseia em que se tornou a ida ao concerto, valeu absolutamente a pena. Os BackStreet Boys foram lindos, lindos e Madcon também estiveram muitíssimo bem. Perfeito, perfeito, seria ter mais uns 20 centímetros de altura para não ver metade palco, metade cabeças.

Claro que aqui a Lady B. poderia ficar a ouvir o Brian, o Nick, o A.J. e o Howie a cantarem noite fora aquelas músicas que escutava há anos e anos atrás enquanto brincava com bonecas... mas isso já não seria possível.

Mas fica aqui a promessa: se ganhar o Totoloto, volto a ir vê-los nesta digressão "This Is Us". Assim num destino aprazível e com menos meninas irritantes a darem-me com a mala nas costas. Mas vou, nem que seja com cinco seguranças contratados para me fazerem barreira e me elevarem no ar.


Crónica ao som de "As Long As You Love Me", The BackStreet Boys

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Acho que se chama fé

"At the end of the day, faith is a funny thing. It turns up when you don't really expect it. It's like one day you realize that the fairy tale may be slightly different than you dreamed. The castle, well, it may not be a castle. And it's not so important, happy ever after, just that it's happy right now. See once in a while, once in a blue moon, people will surprise you, and once in a while people may even take your breath away".
Anatomia de Grey

Ao comentar o mais recente post da Miss Glitering, apercebi-me que, independentemente de todas as desilusões por que já passei, ainda continuo a acreditar que existem homens decentes, daqueles cavalheiros (não necessariamente à moda antiga) e que merecem o nosso tempo e atenção.

Não sei porque é que mantenho essa crença, mas penso que se chama . Por muito que tente, não há maneira de deixar de ser uma romântica incurável, que ainda acredita que o seu Príncipe Encantado há-de chegar, se bem que esteja totalmente preparada para um conjunto de imperfeições deliciosas. Penso que se trata precisamente disso: aquelas imperfeições que, sendo o que são, não nos incomodam porque fazem parte daquela pessoa que amamos. Para mim, isso é uma grande parte do que constitui aquela palavrinha, amor.

Romances como os dos livros e das comédias românticas não hão-de existir ao virar de todas as esquinas, mas eu contento-me com algo menos épico. Não precisa de ser a derradeira história de amor, só precisa de ser a minha e que não seja uma bomba-relógio que, mais cedo ou mais tarde, explode e destrói tudo.

E ainda acredito. Porque, às vezes, não resta mesmo mais nada senão essa crença que nos faz seguir em frente.


Crónica ao som de "I Knew I Loved You", Savage Garden

Só às vezes...

Às vezes - mas só às vezes - apetecia-me mesmo ligar-te e dizer "Olha, só para que saibas, lá porque não queres saber de mim, não quer dizer que eu me tenha esquecido de ti". Claro que me apercebo sempre do ridículo da coisa e que nunca levo a parvoíce por diante, mas às vezes apetecia-me mesmo. Mas só às vezes.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ó mania das grandezas!

Quando entrei na papelaria e peguei no boletim do Totoloto, a senhora por trás do balcão advertiu-me de imediato: "Ó menina, tem a certeza que é esse que quer? É que olhe que não é do EuroMilhões, é do Totoloto!". Fiz o meu melhor sorriso e assegurei-lhe que sim, que era mesmo aquele que eu queria.

E deu-me que pensar (sim, a mim basta-me isto para começar a filosofar). É que antes toda a gente jogava era no Totoloto e o prémio de alguns milhares de contos era muitíssimo bem-vindo. Desde que apareceu o EuroMilhões, já ninguém quer saber do pobrezinho do Totoloto - sim, porque só um milhão de euros já não é nada! - e se o prémio numa semana não é Jackpot e se fica pelos 10 milhões de euros, já parece que não vale a pena!

Ora, posso ser eu que sou pobrezinha, mas uma apostinha de 1 € no Totoloto já me chega muito bem. E, se assim só por mero acaso, o sorteio quiser correr-me de feição e sair-me assim só uns milharzitos de euros, também está muito bem, obrigada!


Crónica ao som de "Rich Girl", Gwen Stefani

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nunca digas nunca...

Aqui há uns dias, descobri que uma amiga minha de um Verão já algo distante começou a namorar com um rapaz amigo dela, rapaz esse por quem eu tive uma daquelas semi-paixõezinhas, nesse tal Verão distante e por outras paragens.

A coisa não teria grande interesse nem seria digna de andar por estas paragens, não fosse um pequeno detalhe: lembro-me tão bem - como se fosse ontem - de como a H. falava dele. Que ele era um imaturo, um parvo, uma verdadeira criança e meio grosseiro. Um pouco aquele discurso de quase-criança, de quando as meninas dizem mal dos meninos e vice-versa. Mas era compreensível - o J. tinha essas referidas "qualidades" (o que, shame on me, era provavelmente um dos grandes atractivos para mim).

Ora, quando soube deste namoro, fiquei o mais espantada possível. Nunca estaria à espera. Fiquei feliz com a notícia e as razões são muito simples:

- a vida é, realmente, um mar de incerteza, portanto não vale a pena massacrarmo-nos demasiado com fatalismos desnecessários;

- sempre é verdade que os rapazes saem daquela fase infantil, que eles também crescem e amadurecem;

- e, acima de tudo, ficou para mim claro que ainda há raparigas que não são tão estupidamente dogmáticas que afastam da sua vida pessoas em definitivo por motivos algo flutuantes.

Portanto, os meus sinceros parabéns a estes dois palermas que se encontraram após anos e anos, independentemente das suas diferenças, quando há uns anos atrás eram dois amigos que, mais do que se darem realmente bem, só se irritavam mutuamente. A prova provada de que, por vezes, aquilo que mais desejamos e precisamos está mesmo à frente do nosso nariz e nós, feitos tolos, não o vemos. Assim sendo, vou passar a andar de olhos bem abertos. E aconselho a todos que façam o mesmo.


Crónica ao som de "Who Knew?", Pink

Prometo aqui solenemente...

A partir de agora, só me permito interessar-me por um rapaz que tenha a coragem de pensar como os BackStreet Boys* quando cantavam "I'll never break your heart, I'll never make you cry. I'd rather die than live without you... I'll give you all of me, honey, that's no lie". Sim, claro, provavelmente os moços não pensam nada disso enquanto cantam; mas vá, não é bem esse o objectivo do post, ok?

E para o efeito, também funciona "I don't know that he does to make you cry but I'll be there to make you smile" («All I Have To Give»). Portanto, fica aqui o aviso/promessa a mim própria: a menos que seja alguém que demonstre tal devoção (palavra bonitinha, hein?), eu por estes lados vou-me manter serena e na minha vidinha calma. É que para dramas, já chega.

E tenho dito.

*(E sim, ando para lá de entusiasmada por ir ao concerto deles na Sexta-feira. Tenho passado os últimos dias a recordar as músicas que ouvia quando era meio palmo de gente e, minha gente, sabe mesmo muito bem! Portanto, más línguas contra a música pop... pshiu!)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Hora extra

Gosto mesmo de quando a hora muda, por causa do horário de Inverno. Não é exactamente do efeito que tem - escurecer mais cedo e isso tudo. Gosto do próprio dia em si, por dar aquela sensação de que se ganha uma hora mais. Parece que só por haver essa impressão posso fazer tudo e mais alguma coisa. Mil planos.

Claro que ontem acabei por não fazer nada de especial com essa hora extra, até porque me atacou uma preguicite aguda que é usual aparecer sempre que há esta mudança de hora. Mas não me importo: foi preguicite planeada e que me soube muito bem mesmo. Nem que seja só uma vez ao ano, gosto desses dias assim. Devíamos era ganhar uma hora todos os Domingos, e não só uma vez ao ano!

domingo, 25 de outubro de 2009

BFF... pelo menos até aparecer um rapaz por aí

Antes de mais, não, não tenho nada contra as minhas amigas terem namorado, mesmo quando eu não tenho; posto isto, mas que raio se passa com a grande maioria das raparigas hoje em dia? Parece que não sabem conciliar nada na vida com o facto de terem namorado - ou seja, a partir do momento em que existe um rapaz, automaticamente se esquecem das amigas, relegando-as para segundo plano ou como «plano de emergência» quando o respectivo mais-que-tudo (mesmo que temporário) as deixa sozinhas sem nada para fazer.

Isto não sou eu a dramatizar e a armar-me em criatura mimada, mas é que, sinceramente, haja limites... Quando nunca arranjam sequer um tempinho para ir beber um café, mas estão sempre, todos os dias, horas a fio com o namorado? Mesmo quando já não vêem as amigas há meses e meses? Sou só eu, ou isto é mesmo exagerado da parte de quem age assim?

O que é mais irónico de tudo, é que quando as coisas correm mal, vêm sempre bater à porta daqueles a quem não ligaram nenhuma. Mas, claro, até lá, andam no seu próprio mundinho, sem realmente se preocuparem quando, deste lado, também se diz «Não estou na melhor das fases, não». Ironias...

Por favor, se algum dia eu ficar assim, alguém que me espanque, me meta num colete de forças e me envie rapidamente para o manicómio. É que, de certeza absoluta, perdi o juízo e qualquer resquício de tino que possa ser encontrado é mera coincidência.


Crónica ao som de "Boyfriend", Ashlee Simpson

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um pequeno conselho...

Se vão ser umas verdadeiras cabras, sejam-no com muito, muito estilo. É que não há pachorra, de todo, para cabras mesmo... "brega". Rasteirinhas, até. Nem dá vontade de reagir... torna-se assim a modos que desinteressante. Vá, um nível acima. A sério.

(Bom, mas primeiro evitem sê-lo, sim? A menos que seja em... "legítima defesa", boa?)

Pum pum!

Quero mais é que a *bip* de *bip* dos Recursos Humanos que me ligou vá morrer longe, de preferência sem um único dentinho e sem um fiozinho de cabelo que seja para contar a história. Sinceramente, que grandessíssima cabra!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

É inato

"Being entirely honest with oneself is a worthwhile exercise."
Sigmund Freud

Mais do que fazer sentido para o resto do mundo, penso que as nossas acções têm que ser coerentes com nós próprios. Mesmo que às vezes não as entenda em absoluto, têm que, de algum modo, bater certo para mim mesma.

Daí que muitas vezes não me cinja àquilo que é esperado de mim por parte dos outros. Especialmente no que toca a sentimentos. Talvez porque eu seja um bicho um pouco estranho, exótico, quiçá, que não é esperado nestas paragens. Não sei.

Há umas semanas, a respeito de algo que eu tinha feito, a K. virou-se para mim e, concordando com o espanto de outras pessoas, disse-me: "Sabes, é que não há muita gente que fizesse o que tu fizeste, depois de um desgosto de amor. Tentar ser amiga de alguém que se gosta mesmo quando estás magoada... não é para todos".

Está certo. Acredito que não seja para todos. Mas, a meu ver, pelo menos, quando se gosta realmente de alguém, é natural preocuparmo-nos com essa pessoa. Ora, se sabemos de antemão que algo de errado se passa, não me parece que seja possível passarmos ao lado como se nada fosse. Algo do género de "Ah, se sentisses o mesmo que eu, tudo bem, estava aí agora a dar-te a mão; mas como não é assim, não quero saber de ti para nada".

Até compreendo aquela simples questão de que é bem mais fácil ultrapassar sentimentos feridos se formos capazes de praticamente "odiarmos" aquela outra pessoa. Sim, isso também acontece comigo. Porém, cada caso é um caso, e nem sempre nos apaixonamos por alguém que, só porque as coisas não correm como gostaríamos, mereça ser tratado assim. Este é um desses casos.

Tenho que ser completamente honesta comigo mesma: sei que não esqueceria isto tudo de outra forma, sabendo quão messed up ele está. Então, sim, estendi a mão, mesmo sabendo à partido que poderia ser muito pior para mim; por enquanto não foi, mas ainda estou à espera da explosão.


Crónica ao som de "How To Save A Life", The Fray

"Chuva molha-parva"

Claro que tinha que começar a chover no preciso momento em que estou a sair de casa. E não era uma chuvinha qualquer, começou a cair uma grandessíssima "tromba-de-água". E, claro, o guarda-chuva não tinha saído comigo.

Ora, quando finalmente chego até ao carro, depois de uma aventura para encontrar a chave e destrancar o dito, o que é que me faltava?

Isso mesmo, ouvir o Phil Collins a cantar "Now I wish it would rain down on me... Oh yes, I wish it would rain doooown on me". Oh meus senhores, dispensava-se a ironia, sim?

domingo, 18 de outubro de 2009

Sonhos e insónias

Ao longo das últimas semanas, parece que não consigo dormir decentemente a não ser que sonhe com ele. Eu juro que já arrumei o assunto na minha cabeça - mas como é que se explica isso ao subconsciente? Estúpido Id...

Sonhos são apenas sonhos e isso eu sei. Não significam nada (isto sou eu a tentar convencer-me). Só que, inevitavelmente, assim que apago a luz para dormir, acabo a lembrar-me dele. E essa é sempre a pior altura - quando paramos o nosso corpo e damos espaço à nossa mente para correr por si só, sem mestre nem dono. Durante o dia, lá ando eu a travar uma batalha para esquecê-lo, sendo bastante bem sucedida na maioria das vezes (claro que dependendo daquilo que arranjo para ocupar as ideias). Contudo, à noite... a coisa complica-se.

Nunca vos aconteceu acordarem e, durante alguns segundos, pensarem que o sonho é a realidade? E nunca vos aconteceu, assim que se apercebem que, afinal, o sonho é só um sonho, desejarem ardentemente que não fosse assim? E será que vos possa já ter acontecido pensarem sinceramente que o sonho fazia bem mais sentido do que a realidade?

A mim já. Mas são sonhos.

Crónica ao som de "How To Save A Life", The Fray

Outono que de Outono pouco tem tido

Alguém me explica como é que a meio de Outubro o que faço durante o fim-de-semana é passar o tempo quase todo dentro de uma piscina ou deitada ao Sol?

Não é que me esteja a queixar, que até soube bem (e dei graças a todos os santinhos por não estar a estudar de momento), mas é impressão minha ou o ano passado o calor não veio até tão tarde?

(De qualquer maneira, já ouvi dizer que é coisa para acabar algures por esta semana. Portanto, ainda bem que aproveitei... e agora venha o Outono, que tenho umas botas lindas à espera de serem estreadas, para além de que ando com desejos de castanhas).


Crónica ao som de "Is It Any Wonder?", Keane

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Lugar Comum

O que me continua a surpreender é que, quando mais uma relação falha, eu acabo inevitavelmente a recordar-me do N., sempre, sem excepção. Como se fosse um bem maior que escapou, como se fosse a história perfeita que, um dia (não se sabe é bem quando), ainda há-de continuar, resolver todos os males do Presente e terminar qual conto de fadas, com direito a "Viveram Felizes Para Sempre" e tudo.

Talvez porque foi tão sincero, tão puro, tão alegre e «descomplicado», talvez porque havia ali algo que não dava, de todo, para explicar, talvez porque pareça sempre que algo ficou por dizer. Talvez porque o que me reste na memória seja praticamente só o bom ou talvez porque tenha sido tão adolescente e inconsequente. Ou, talvez, porque "não há amor como o primeiro".

Passados mais de três anos, ainda é a ilusão do N. que me leva a acreditar que, algures, o amor ainda existe. Claro que isto é o cúmulo da ironia, mas isso não é coisa que se explique aos sentimentos. E a verdade é que preciso de alguma coisa que me faça acreditar; portanto, que assim seja.


Crónica ao som de "Fix You", Coldplay

Daddy's Girl

Sabem aquela rapariguinha irritante, cujos pais não param de gabar, que se ouve sempre dizer que é perfeita, um amor de filha, um pequeno anjo? Claro que, regra geral, isto sai é da boca dos paizinhos. Mas bom, o que quero dizer é que eu sou - ou aliás, fui - essa rapariguinha. Fui a menina do papá por anos e anos a fio. E agora, subitamente, algo se rompeu.

Não se trata sequer de dramas de emancipação adolescente (já iria tarde para isso) nem sequer de eu me ter tornado numa deliquente que os pais não querem tanto gabar como esconder; é bem mais simples, mas talvez até um pouco mais triste... É tornar-me uma estranha para o meu pai. É o meu pai tornar-se um estranho para mim e para o resto da família.

Começo a preocupar-me seriamente a respeito do caminho pelo qual a minha família irá. Não prevejo uma melhoria nos próximos tempos, antes pelo contrário. E, dada a importância que eu dou à família, isso deixa-me mesmo, mesmo transtornada. Só que não vejo saída para esta situação.

O meu pai é um viciado do trabalho como raramente se vê - excepto em filmes. A minha mãe deixa-se afogar em negativismo, pelo que o meu pai ser assim não ajuda em nada. Ora, em vez de acalmar com o passar dos anos, o meu pai ficou ainda mais obcecado com o trabalho, sem qualquer razão que tenha a ver com necessidade da família, mas unica e exclusivamente pelo prazer do que faz - o que eu compreendo e aplaudo. Só que não quando levado a este extremo.

Estou farta de me sentir tratada como uma mera moça de recados ao invés de filha. E isso, para mim, foi a gota de água que transportou toda esta estupidez a um plano irreversível. No entanto, ainda me consigo lembrar de quando me sentava ao colo do meu pai e isso, sim, parecia ser o mais importante para ele; não o trabalho e os outros, mas aquilo que tem em casa.


Crónica ao som de "Where'd You Go", Fort Minor

ele.

Não sei porque é que ele é assim. Não entendo, mesmo. A ideia que toda a gente tem - e que eu, de início, partilhava - era de que ele era alegre, "de bem com a vida", feliz, até. E não. À medida que o fui conhecendo, passo a passo, gota a gota, apercebi-me: ele é mais danificado do que eu. Ele não está bem e, pelo aspecto da coisa, isso já dura há séculos. Mas porquê?

É impossível de compreender, quando tínhamos tudo para dar certo. Se isto não é o suficiente, não sei o que será. Com um olhar dizíamos tudo, por instinto conhecemo-nos a fundo ao primeiro contacto, não havia maior cumplicidade que a nossa. Ardíamos em olhares intermináveis, era instintivo o toque, o estarmos juntos, já nem dava para disfarçar frente ao resto do mundo.

Sei que é ridículo à luz do que se passa hoje, mas houve um dia em que pensei que ele era mesmo o tal. "The one". "Signed, sealed, delivered". Aparentemente, a vida tem planos diferentes para nós. Só espero que sejam mais felizes do que os últimos meses em que se gastaram os últimos foguetes da nossa já gasta relação.


Crónica ao som de "Someday We'll Know", New Radicals